Usando as mídias sociais como ferramenta de pesquisa de mercado

Há quem ainda não acredite no poder das mídias sociais e da sua influência no mercado off-line. Mas quem já está atento a essa nova possibilidade de crescimento e investimento, pode perceber a força dessas mídias não só para relacionamento com o seu consumidor, mas também como uma poderosa ferramenta de pesquisa de mercado. E, através dela, é possível entender a segmentação do seu público, analisar a aceitação de seus novos produtos e serviços e, ainda, descobrir novos mercados e as formas de se inserir neles.

Um grande deslize de um empresário que resolve estar nas mídias sociais é achar que basta estar presente nelas, ou seja, o contato com o consumidor via web serviria apenas para dizer que está ali e, possivelmente, registrar reclamações ou elogios. Não é bem por aí o caminho. As redes sociais já explicitam que o que está em jogo é o relacionamento. É preciso conhecer o consumidor, interagir com ele e, principalmente, ouvir o que ele tem a dizer, uma vez que é a ele quem interessa o que será vendido. Mas como?

Os blogs e microblogs (como o Twitter) são uma ótima fonte de informação para quem as busca, sobre os mais variados assuntos. Através desses meios, é possível reproduzir um conteúdo específico para seu público-alvo, que busca na Internet o que deseja saber. Dependendo do segmento em que se encontra, ainda é possível disseminar a informação para um público antes não alcançado, por intermédio de tuiteiros e blogueiros influentes, que possuem muitos seguidores e acabam se tornando formadores de opinião. Um exemplo prático disso são os blogs do segmento de moda, cujos posts são cheios de avaliações positivas e negativas a cada novo produto lançado, o que influencia no momento da decisão de compra de quem os acompanha. Veja um exemplo de avaliação abaixo, cuja blogueira tem um canal no Youtube com mais de 1 milhão de inscritos (use o closed caption para ver com legenda!).

Já as redes sociais, como o Facebook, possibilitam diversas formas de interação com o público. Ter uma página nesta rede abre margem para um relacionamento direto com o consumidor, que pode não só criticar ou falar bem da empresa, mas também sugerir, mostrar novos caminhos de produção. Já que a página é um próprio fórum, os administradores podem induzir os seguidores a participar de discussões sobre temas específicos, que ajudarão a empresa a se posicionar no mercado.

Através de redes sociais como o Facebook, também é possível fazer pesquisas quantitativas (questionários), coletando os dados exatos sobre a opinião dos consumidores que estiverem presentes na rede da empresa. Pode-se usar tanto a ferramenta de enquetes da rede, quanto a incorporação de documentos externos, como as planilhas do Google Docs. De posse dessas informações quase instantâneas, é possível, por exemplo, acelerar um processo de produção ou modificá-lo antes que o produto ou serviço chegue ao seu consumidor final, o que evitaria o prejuízo caso não fosse bem aceito.

Sistemas de buscas em sites, blogs e ainda na própria web (como o Google) também definem o comportamento do consumidor. Através das palavras-chaves (analisadas pelo Adwords, Insights e até a busca interna do seu site ou blog), pode-se saber o que as pessoas procuram mais em determinado momento e ainda o porquê. Uma compra pode ser influenciada por uma tendência, data comemorativa ou evento, o que alavanca as pesquisas na Internet sobre o assunto. Isso dá margem para o produtor aproveitar o momento de maior procura por determinado produto e aumentar o seu investimento no setor.

As mídias sociais se mostram, quando bem utilizadas e analisadas, uma grande fonte de estudo do comportamento do consumidor. Pensando pelo lado financeiro, ainda se tornam uma alternativa viável para empresas que não podem gastar com uma pesquisa de mercado feita por um instituto especializado, que costuma cobrar um preço bem elevado. Mas vale ressaltar que a pesquisa e análise em mídias sociais não é tão simples. Existem diversas ferramentas e pontos a serem analisados, que demandam tempo e, principalmente, técnica e experiência de pesquisa. O ideal é que uma empresa especializada seja contratada para este tipo de serviço, especialmente quando envolve produção de conteúdo e monitoramento das mídias. Dessa forma, a empresa não corre o risco de se posicionar de forma errada nas redes e ainda se relaciona diariamente com o seu consumidor.

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